segunda-feira, agosto 04, 2008

Relatos de uma vida passageira

Pessoas ao longe nem percebem a nossa presença, de leve sinto encostar-se no meu corpo no exato instante em que ficamos sozinho. Presencio sua mão bem devagar percorrer meu corpo inteiro, tento beijá-la, só que ela é mais rápida.

Mãos leves e serenas, dessas que eu sempre desejei, sinto seus dedos brincando sobre a minha pele, suas unhas fazem movimentos lentos, com não tivessem a menor vontade de ir ou vir, parece tecer seus desejos mais secretos.

Ah como eu sonhei isso, de alguém me tocando assim, nesse corpo que já foi tocado outrora, mas nunca com tanto carinho e determinação. Escuto a sua voz cantando uma antiga canção, dessas que só canta quando estamos apaixonados.

Percebo que me solta, fico achando que agora vai me segurar de jeito, como a quem agarra uma pessoa na mais louca paixão. Conto os segundos de olhos fechados, tentando adivinhar o momento exato que vou senti você.

Mas você não volta, vejo sua imagem indo embora, e eu, ali parado. O que será que fiz algo de errado...Por que?...Logo agora que eu estava tão feliz, se tivesse falado algo, dito o que sentia. Mas agora é tarde, escuto o som dos seus passos cada vez mais distantes dos meus ouvidos.

É, Realmente,

Essa vida minha de corrimão não traz felicidade.

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