Antes de abrir os olhos e acordar, sinto o sol batendo de leve no meu rosto. Maldita cortina que não esconde o amanhecer... Principalmente para aqueles que não querem levantar. O gosto do destilado me resseca a boca. Ainda sinto o mal estar do porre de ontem... Maldita cereja do Martini, sempre me deixa assim...
O engraçado é que eu não lembro como cheguei em casa. “Mais uma vez, né, cara? Assim não dá!”, diria meu velho. Ou “esqueceu a porta aberta”, diria a coroa. Já moro sozinho há 3 anos. Dono do meu nariz. Grandes festas, bagunças memoráveis...
...Mas ontem...Como eu cheguei em casa?
Estávamos todos no show do Fábio, bebidas em variedade. Joana estava linda, uma pena ter ido embora tão cedo. Ficamos na mesa habitual, à esquerda, perto do balcão. Jeremias, como sempre, nos atendeu com uma alegria que contagiou a galera.
Ai, minha cabeça! Como eu bebi ontem... Acho que exagerei. Dou uma risada safada e puxo o lençol de leve para cobrir o meu rosto do sol quando sinto algo roçar minha perna, uma leve pressão.
Caralho!!! Tem alguém deitado do meu lado. Maldita rodada tripla de tequila... Seria a Karina? Não, ela hoje estava ficando com o Julio. Calma, respira fundo. Sim... Paula! Eu fiquei com ela, mas que até eu me lembre, ela foi embora?!?!
Experimento um pigarro para ver se a pessoa se mexe, não tenho coragem de olhar para o lado. Então, olho para fora da cama e, com a visão turva, olho para o chão procurando peças de roupa feminina. Para minha surpresa, só vejo minhas roupas, o cigarro e garrafa de Malibu pela metade de uma outra festa que rolou aqui.
Minha cabeça não pára de rodar. Não sei se pela ressaca ou por não saber com quem eu dormi. Eu não dirigi, isso eu tenho certeza. Quem veio dirigindo foi a Fernanda, ela mora no prédio ao lado, rolou um clima e ficamos – transamos - e ela acabou dormindo aqui. Tá bom, só que você esqueceu, ô mane, ela não gosta de homem!
Lembro de um vulto me ajudando a sair do carro... Não acredito que eu fui carregado! Será? Acho que eu resmungava algo sobre a castidade das baleias do norte da Groelândia. Essa pessoa obviamente abriu a minha porta e me trouxe aqui. Caramba, quem é???
Olho para o chão mais uma vez tentando focalizar algo, malditos óculos que não estão por perto! Quando percebo que é um pé de sa-sapato, sapato masculino... Não acredito!!! Fui comido ontem!!! Como assim???...Tá certo que cu de bêbado não tem dono...mas aí é sacanagem, logo comigo...!?
- Ô imbecil, esse sapato é do Pedro. Deixou aí outro dia, quando vocês foram à praia encontrar as gaúchas...Putz grila!!! Crio coragem para olhar o lado oposto da cama, vou virando devagar, também não quero acordar a pessoa, qualquer coisa eu dou um pulo da cama e saio correndo - vou pensando - tem que ser mulher, tem que ser mulher...quando eu abro os olhos e a vejo...
O engraçado é que eu não lembro como cheguei em casa. “Mais uma vez, né, cara? Assim não dá!”, diria meu velho. Ou “esqueceu a porta aberta”, diria a coroa. Já moro sozinho há 3 anos. Dono do meu nariz. Grandes festas, bagunças memoráveis...
...Mas ontem...Como eu cheguei em casa?
Estávamos todos no show do Fábio, bebidas em variedade. Joana estava linda, uma pena ter ido embora tão cedo. Ficamos na mesa habitual, à esquerda, perto do balcão. Jeremias, como sempre, nos atendeu com uma alegria que contagiou a galera.
Ai, minha cabeça! Como eu bebi ontem... Acho que exagerei. Dou uma risada safada e puxo o lençol de leve para cobrir o meu rosto do sol quando sinto algo roçar minha perna, uma leve pressão.
Caralho!!! Tem alguém deitado do meu lado. Maldita rodada tripla de tequila... Seria a Karina? Não, ela hoje estava ficando com o Julio. Calma, respira fundo. Sim... Paula! Eu fiquei com ela, mas que até eu me lembre, ela foi embora?!?!
Experimento um pigarro para ver se a pessoa se mexe, não tenho coragem de olhar para o lado. Então, olho para fora da cama e, com a visão turva, olho para o chão procurando peças de roupa feminina. Para minha surpresa, só vejo minhas roupas, o cigarro e garrafa de Malibu pela metade de uma outra festa que rolou aqui.
Minha cabeça não pára de rodar. Não sei se pela ressaca ou por não saber com quem eu dormi. Eu não dirigi, isso eu tenho certeza. Quem veio dirigindo foi a Fernanda, ela mora no prédio ao lado, rolou um clima e ficamos – transamos - e ela acabou dormindo aqui. Tá bom, só que você esqueceu, ô mane, ela não gosta de homem!
Lembro de um vulto me ajudando a sair do carro... Não acredito que eu fui carregado! Será? Acho que eu resmungava algo sobre a castidade das baleias do norte da Groelândia. Essa pessoa obviamente abriu a minha porta e me trouxe aqui. Caramba, quem é???
Olho para o chão mais uma vez tentando focalizar algo, malditos óculos que não estão por perto! Quando percebo que é um pé de sa-sapato, sapato masculino... Não acredito!!! Fui comido ontem!!! Como assim???...Tá certo que cu de bêbado não tem dono...mas aí é sacanagem, logo comigo...!?
- Ô imbecil, esse sapato é do Pedro. Deixou aí outro dia, quando vocês foram à praia encontrar as gaúchas...Putz grila!!! Crio coragem para olhar o lado oposto da cama, vou virando devagar, também não quero acordar a pessoa, qualquer coisa eu dou um pulo da cama e saio correndo - vou pensando - tem que ser mulher, tem que ser mulher...quando eu abro os olhos e a vejo...
ah ufa!!!
...abraço-a...começo a rir de mim...e volto a dormir agarrado com a Glenda, minha boneca inflável...
Revisado por Eliza Vianna
Um comentário:
mto bom!!! adoro esse texto!!!
Abs
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