quinta-feira, julho 23, 2009

escrever e não dizer nada...

Respiro fundo...
Coço a cabeça, a barba, o cérebro, atrás da orelha, olhos no monitor e barulho do teclado para compor esse maldito texto abaixo, idéias soltas, tudo está atrapalhando, mas eu preciso contar no papel o que não sai da minha cabeça.

Por onde começar?
Levanto, ando pela sala, olho a paisagem, fumo um cigarro, volto para a cadeira em frente ao monitor, fico desejando o desejo de desejar ouvir o barulho do barulho do teclado teclando teclas das letras nessa folha vitual formando essas malditas sequências de palavras, frases e tudo que eu quero e queria e não consigo escrever.

Escrever sobre o que?, meus sentimentos!?!?
O que é sentimentos?, não consigo pensar e todas vez que vou tentar a porra do celular ficar apitando dizendo que a carga está cheia, mas não está, ele está me enganando, me estressando, desviando minha concentração da mesma forma que as canetas no alto do teclado, por que toda hora esbarro meus dedos sobre elas e acabo errando as letras.

Mas falar escrever sobre que?
O quanto é complicado gostar de alguém, e todo o ciclo que isso gera....não consigo... minhas mãos estão geladas, dedos doem por isso, arrumo um par de luvas, conserto a postura, o pescoço e respiro fundo, minha perna tem esse maldito tique nervoso de ficar balançando (in)conscientemente ao meu corpo.

Escrever algo que demonstre o que quero?
Como faço para descobrir o que eu sinto se a cada 8 segundos eu fico mudando de opinião, valores, crenças, credos, só faço olhar o teclado e a ouvir seus barulhos, pouso as digitais no teclado, vou formando essas palavras e não sai nada que eu queria escrever...

Pronto, me perdi de novo...

É sempre assim, me imagino escrevendo, compondo frases, textos, diálogos, tudo que é tipo de organização textual...mas é só imaginação, porque na pratica só sai essa merda de sequência descrita até agora...

Afinal, o que eu quero para esse texto?

Merda, não é nada disso que quero escrever...

Depois eu volto....

Um comentário:

Pablo Treuffar disse...

Muito bom,irado, um brinde aos novos escritores do Brasil!